Síntese de Pensamentos Filosóficos Platônicos; Aristotélicos e Agostinianos


01/10/2017 às 23h44
Por Paulo Byron

1.PLATÃO

No idealismo platônico, o bem desempenha um papel central, como a justiça pertence a realidade ideal e somente pode ser apreendido pelo ser humano, de forma imperfeita, por meio da contemplação.

A ideia de perfeição se dá apenas por analogia. A perfeição não é alcançável, pois a ideia está de acordo com o alcance total do bem.

1.1 Símile da Caverna

Para Platão o que enxergamos são sombras da perfeição, utilizo a ideia de retribuição para alcançar a ideia de perfeição.

Podemos dizer isso de todos os princípios (regras gerais que normatizam sua conduta): existem idealmente, são absolutos e plenos, o que não significa que os homens em sua existência real consigam implementá-los com perfeição.

1.2 Justiça

Quando Patão fala em justiça, fala como retribuição, como transcendental a vida, como justiça universal. A justiça como ideia é infalível, dada sua perspectiva retributiva. Destarte, a justiça divina é imutável, por isso, cabe a cada indivíduo se portar segundo os ditames do bem praticando a justiça.

1.3 Existência

Prossegue no além e todo homem lá será julgado, afastar-se do bem não condiz com uma conduta racional, é antes fruto das paixões do corpo.

1.4 Estado

Na concepção platônica cabe ao Estado apenas realizar a justiça, o aparato estatal seria um meio para tal fim. O Estado ideal é teocrático, governado por um sábio, um filósofo, que de perto contemplou a verdade.

Para Platão “o bem” é a medida de todas as coisas.

2. ARISTÓTELES

Traz a conciliação entre Parmênides e Heráclito (o ser mutável e imutável) através da metafísica pelo que ele chama de criação da ciência.

A imutabilidade está contida no ser divino. E só assim estabelece conciliação.

· Primeiro Motor Móvel (sem ser causa ou eficiência) tem a ver com a mudança, ou seja, NÃO MUDA.

Imutável – Alcançou a perfeição (ser divino).

Mutável – Busca alcançar a perfeição (homem).

· 4 (Quatro) Causas metafísicas:

1) Causa Material – Do que é composto.

2) Causa Formal – Do que é formado.

3) Causa Eficiente – De onde surge.

4) Causa Final – Para que serve, ou seja, qual intuito.

2.1 Justiça

Aristóteles enxerga a justiça como uma virtude.

Tal virtude se equipararia a coragem e temperança.

A coragem deve ser cultivada como um hábito.

Neste sentido, teremos dois tipos de justiça:

a) Justiça Distributiva (O que faço pelos outros) – exercida na distribuição de honra, riqueza e demais ativos divisíveis da comunidade, que eventualmente pode se dar de modo desigual entre os membros desta.

b) Justiça Coercitiva (o que faço nos outros – através de sanções): Diz respeito a um principio corretivo, pois corrige eventuais desacordos entre a sociedade e o indivíduo.

3. Santo Agostinho

Um dos gênios do pensamento platônico, chegando a conclusões através de manuais. Todo acesso que tinha ao pensamento grego era através de tradições da época, nem sempre confiáveis.

3.1 A criação e o mistério do tempo.

Problemática:

a) Como conciliar a eternidade de Deus com a finitude temporal do Mundo?

b) Se Deus é eterno, não lógico, que o mundo também o seja?

c) Senão, o que fazia Deus antes de criar o Mundo?

d) É imaginável um Deus inativo?

Tese:

Perguntas formuladas por filósofos pagãos que implicava numa elucidação a noção de criação.

Se Deus criou o Mundo no tempo, torna-se mais difícil pensar de modo adequado a perfeição divina, que teria de ser decomposta em precisas partes temporais, em um antes e um depois da criação.

Presciência – Sei que antes de sua escolha, já saberei qual ela era.

Lógica Antropocêntrica – Sendo dotado de livre arbítrio posso escolher entre ações diferentes, sendo assim, não tenho presciência da consequência.

Lógica Teocêntrica – Visão fora do tempo, já decidido por Deus. Não há ao indivíduo opção de escolha.

Agostinho adepto do Ateísmo Absoluto:

Tanto circunstâncias e consequências, o resultado já era pré-definido (ou sabido) por Deus. Desse modo, o homem possui uma visão iluminista que pode tomar decisões.

A Resposta de Agostinho a problemática é precisa:

Deus, eterno, está fora do tempo. Criando o Mundo, criou também o tempo.

Sem a sua criação, o tempo jamais teria existido.

Dados do autor: Paulo Byron

Professor Especialista em Matemática; Bacharel e Licenciado em Matemática pela Universidade Ibirapuera; Especialista em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica (Uniasselvi); Pós graduado em Direito Tributário; Graduando em Direito (Unip); Graduando em Engenharia de Produção (UNIVESP); Pós graduando em Filosofia (Unifesp); Mestrando em Direito e Negócios Internacionais (Universidad del Atlantico).

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Paulo Byron

Estudante de Direito - Mongaguá, SP


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