Aposentados, servidores e trabalhadores que tentaram usar o novo limite de crédito consignado saíram dos bancos de mãos vazias.
No papel de cliente, o Agora foi a agências das seis principais instituições bancárias do país, mas somente em uma delas a gerente responsável pelo serviço afirmou estar preparada para oferecer o empréstimo maior.
Pegos de surpresa pela medida provisória que aumentou de 30% para 35% a margem que pode ser emprestada pelo crédito consignado, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica,
HSBC, Itaú e Santander não souberam informar como, quando ou mesmo se irão se adaptar à regra, independentemente do que foi dito pelos funcionários das agências visitadas pela reportagem.
A falta de informações para os consumidores deverá persistir até que os bancos que decidirem aderir a nova regra adaptem seus sistemas á medida, segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos da Anefac ( Associação dos Exectivos de Finanças).
A dificudade, nesse caso seria cumprir a determinação de liberar os 5% a mais da renda só para dívida contraidas em cartões de crédito. " O banco vai precisar criar uma via que, na prática, não é tão simples assim", diz.
No governo, o entendimento é de que os bancos são responsáveis por transformar a permissão em serviço e, por isso, é desnecessária a regulamentação. O banco central confirmou que não regulamentará a medida.
No caso dos aposentados e pesionistas do INSS, o aumento da margem consignável depende da publicação de uma instrução normativa, que até ontem não tinha previsão para sair, segundo o Ministério da Previdência Social.
As acessorias de imprensa do Bradesco e do Itaú informaram que não fonecem cartão de crédito consignado, mas não comentaram sobre as outras possibilidades da nova regra. Febraban ( Federação dos Bancos) e demais bancos não se manisfestaram.