Themis é pura, incorruptível imparcial, inflexível como nossa justiça interior. Foi a 8ª dos 12 Titãs, filha de Géia e Urano, quando foi desposada por Zeus recebeu de presente o santuário de Delfos, presidindo assim os oráculos. Mãe de Prometeu, quando deixou Delfos, passou a dedicar-se em manter as leis que regem o universo, cuidando para que nenhuma fosse transgredida, pois mantém a vida no universo.
Em sua figura vemos o gládio e a balança. A espada em sua mão representa seu poder distributivo (justitia suum cuique tribuit), a necessidade do exercício da força de atuação para alcançar o equilíbrio, este, representado pela balança em sua outa mão.
Quando percebeu o desejo de equidade entre os homens, deixou o Olimpo, porém ela não se permitia julgar os equívocos cometidos pelos homens. A partir dai criou-se duas justiça: a dos homens, e a de Themis, a justiça interior.
Diferente da imagem que vemos, Themis não é privada da visão, como deusa oracular ela está supraconsciênte em todos, representando o equilíbrio das forças desencadeadas e a consequência de nossos atos. Ela passa a ser a nossa consciência no sentido mais elevado.
Atualmente, temos na figura da justiça, ou melhor, no fazer-se justiça, a internalização de um sentimento, onde, o sentir é externado por uma necessidade de compensação ou de reparação de algo que se encontra em conflito, seja este interno ou externo pelo interesse de pessoas distintas.
As árvores em que lhe eram consagradas: o carvalho (símbolo da imortalidade) e a macieira (símbolo do conhecimento). Entre suas filhas estão as Horas (estações) e as Hespérides (guardiãs do jardim onde cresciam maçãs de ouro - na alquimia, a maçã de ouro, símbolo de enxofre, representado a alma do homem).
Ela não pune, deixa aos homens a preocupação de fazê-lo. Recusa todo poder absoluto. Themis não tem sua fonte no consciente, mas no subconsciente.