Como em qualquer seguimento, nas empresas de franquia, a competente gestão do negócio é a chave para o sucesso, ou derrocada do empreendimento.
Assim, tendo em conta que boa parte das empresas brasileiras – inclusive as de franquias - são administradas por famílias, a boa gestão do negócio é de fundamental importância para a permanência num mercado cada vez mais competitivo e, o melhor de tudo, em franco crescimento.
Antes mesmo da perspectiva de crescimento da econômica brasileira, já se vislumbrava que os negócios envolvendo o setor de franquias sofreriam um substancial crescimento, empurrado principalmente pelo aumento no poder de compra da população, especialmente das classes C e D.
Consequentemente, muitas empresas, visando o aproveitamento das excelentes oportunidades que o setor proporcionava e ainda proporciona, investiram pesado num nicho que ainda tem muito campo pela frente e nos mais variados seguimentos.
Todavia, um grande número de empreendedores vindos, ou que ainda eram integrantes de famílias empresárias, resolveram investir no setor de franquias, tornando-se franqueados em vários seguimentos, sem, contudo, se atentar para o fato de que o modelo de gestão, até então empregado, se não fosse deixado de lado, deveria ser bastante modificado.
Não é segredo para ninguém que a gestão familiar, em qualquer ramo de negócio, muitas vezes impede o satisfatório crescimento da empresa, especialmente porque alguns gestores não conseguem, ainda, dissociar a questão familiar – interesses pessoais - da questão empresarial. Isso é o que demonstram as pesquisas.
Estudos concluíram que que somente uma, em cada três empresas familiares – aqui incluídas as de franquia, notadamente em razão das dificuldades encontradas na administração, consegue alcançar a terceira geração de seus fundadores.
No setor de franquias, quando há a dificuldade em separar as duas questões – familiar da empresarial e vice versa - diferentemente do que ocorre em qualquer outro setor, as consequência são mais devastadoras sobretudo porque o negócio envolve diretamente uma outra figura - o franqueador - que, assim como o franqueado, também tem deveres e direitos, direitos estes que serão exigidos quando as consequências da má gestão do negócio confiado ao franqueado, lhe afetarem direta ou indiretamente.
Certamente em razão dessa situação e de outras de igual relevância, que, não raramente, acabam por tornar inviável a continuidade dos negócios, é que muito se tem falado na urgente necessidade da profissionalização das empresa familiares.
Estudos recentes têm demonstrado que, não obstante do fato de ser fundamental para a permanência das organizações no cenário econômico, a profissionalização ainda encontra resistência na maioria dos modelos familiares de gestão, sobretudo porque implica em mudanças profundas em todos os setores.
Tais mudanças levam ao equivocado pensamento de que a profissionalização objetiva afastar a família da condução dos negócios da empresa, quando na verdade busca capacitá-la para exercer o seu verdadeiro papel frente aos novos desafios e constantes exigências do mercado cada dia mais competitivo.
É importante destacar que quando se fala de negócio envolvendo franquia, a profissionalização deve ocorrer nos dois âmbitos: na empresa franqueadora e na empresa franqueada, até para solidificar e garantir o sucesso da parceria.
Pesquisas recentes também demonstram que muitas empresas familiares que pretendem iniciar ou expandir algum negócio no ramo de franquia, antes de concluírem as negociações, procuram conhecer a fundo o modelo de gestão utilizado pelo franqueador, em especial, se ele já profissionalizou o seu sistema de gestão, o que certamente dará mais credibilidade garantindo assim a viabilidade do investimento empregado.
Finalmente, para aqueles que pretendem ingressar, ou para aqueles que já estão no promissor negócio envolvendo o setor de franquias, é importante sempre ter em mente que a profissionalização, como poderoso instrumento de atingimento de metas e garantia de sucesso, depende do apoio de empresas especializadas, motivo pelo qual, ao empreendedor – franqueador ou franqueado – é sempre indicado, incluir no seu orçamento, investimentos dessa natureza.