Compliance: a difícil tarefa de mudar conceitos de gestão ultrapassados.


06/10/2016 às 14h36
Por Advocacia Gustavo Quirino

Infelizmente na atualidade brasileira a maioria dos empresários e gestores públicos desconhecem do que se trata a prática do compliance.

A palavra compliance vem do inglês "to comply" termo que significa "fazer cumprir" e é aqui que nos defrontamos com a dificuldades de alguns administradores e gestores em cumprir e fazer cumprir as regras aplicáveis a cada negócio, ou seja, respeitar as normas e processos internos para prevenção e controle dos riscos envolvidos em cada atividade.

Segundo Vanessa Manzi:

"(...) compliance é um braço dos órgãos reguladores junto à administração no que se refere à prevenção da boa imagem e reputação e às normas e controles na busca da conformidade" (MANZI, Vanessa A. Compliance no Brasil - Consolidação e Perspectivas. São Paulo; Saint Paul, 2008. p. 61).

Ocorre que a cultura ultrapassada de gestão de alguns administradores e gestores acaba por levar ao limbo o conceito da palavra "prevenção", pois, existe em nosso país uma grande parcela de adeptos da prática da reparação futura (indenização), o que traz para a instituição um prejuízo muito maior quando da ocorrência de algum fato que poderia ter sido evitado com uma atuação preventiva.

A própria FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos recentemente em um de seus manuais consultivos fez constar que: "(...) Compliance está relacionado ao investimento em pessoas, processos e conscientização. Por isso é importante as pessoas estarem conscientes da importância de "ser e estar compliance".

Porém, não bastam apenas demonstrações de preocupações e alertas programáticos aos administradores e gestores que estão em concordância com as novas tendências e dificuldades mercadológicas, compete a estes o abandono de posicionamentos retrógrados os quais possuem um potencial de geração de prejuízo futuro à instituição se atentando para as práticas preventivas, dentre as quais o compliance o qual se destaca de maneira efetiva em todo o mundo como uma estratégia de conscientização à prevenção de atos e condutas que venham a ocasionar riscos ou danos à imagem da instituição e ao seu patrimônio.

Vamos "ser e estar compliance" ?

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Referências

Referências Bibliográficas:

MANZI, Vanessa A. Compliance no Brasil - Consolidação e perspectivas. São Paulo; Saint Paul, 2008.

FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos - Documento consultivo - Função de Compliance. (www.febraban.org.br/p5a.../sitefebraban/Funcao_de_compliance.pdf ).


Advocacia Gustavo Quirino

Advogado - Itu, SP


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