A doença celíaca conviver com a Doença, convivendo com as informações enganosas e aguardando por uma possibilidade de cura.
A doença celíaca ainda representa uma situação emblemática na seara das doenças não curáveis (autoimunes). A manifestação da doença envolve diversos sintomas que podem inclusive desencadear o linfoma intestinal.
Com efeito, diversas pessoas sofrem e são acometidas pelo sintomas dessa doença, sem ao menos saber que está acometido por ela.
O fato é que mesmo bem diagnosticadas algumas pessoas continuam a sofrer da doença por conta de informações enganosas, em embalagens de produtos e por contaminação no processo produtivo de alguns elementos como soja, trigo, cevada entre outros.
A lei 8.078/90, conhecido pelo nome de Código de Defesa do Consumidor veda essa prática e garante direitos aos que dele for lesado.
Vale frisar que os sintomas da doença celíaca, isto é dores abdominais, diarreia e flatulência são causadas pelo consumo do glúten, uma proteína encontrada no trigo, na cevada, no centeio e em alguns medicamentos, vitaminas e cosméticos.
Por ser um problema crônico, há de durar anos ou a vida inteira e não há um tratamento específico, a não ser evitar o glúten na dieta. A doença celíaca pode ser dividida em três tipos, sendo eles: Clássica, Não clássica e Assimptomática.
A doença celíaca clássica é comum na infância, entre o primeiro e terceiro ano de vida, quando se introduz alimentação à base de papinha de pão, sopinhas de macarrão e bolachas, entre outros industrializados com cereais proibidos. Caracteriza-se pela diarréia crônica, desnutrição com déficit do crescimento, anemia ferropriva não curável, emagrecimento e falta de apetite, distensão abdominal (barriga inchada), vômitos, dor abdominal, osteoporose, esterilidade, abortos de repetição, glúteos atrofiados, pernas e braços finos, apatia, desnutrição aguda que podem levar o paciente à morte na falta de diagnóstico e tratamento.
Não Clássica, esse tipo é caracterizado por apresentar poucos sintomas e aqueles gastrintestinais são discretos. Ocorre, por exemplo, anemia resistente a reposição de ferro, irritabilidade, fadiga, pouco ganho de peso e estatura, obstipação crônica, manchas no esmalte dos dentes, esterilidade e osteoporose antes da menopausa.
Assintomática, Nestes casos não há manifestação aparente. E apenas com pesquisa de anticorpos em familiares de primeiro grau, se faz o diagnóstico. A doença assintomática se não tratada pode evoluir com complicações como o câncer do intestino, anemia, osteoporose, abortos de repetição e esterilidade.
Uma nova pesquisa, no entanto, encontrou uma substância que é capaz de “desativar” a doença[1], na qual os pesquisadores investigaram a enzima transglutaminase 2 (TG2), que regula o glúten no interior do intestino delgado. Em celíacos, ela provoca uma resposta autoimune, na qual o corpo não reconhece o revestimento do intestino delgado e o ataca.[2]
Primeiro, os cientistas analisaram a TG2 em pessoas saudáveis e descobriram que ela pode ser ativada ou desativada por uma determinada ligação química em um intestino delgado saudável, mesmo que a TG2 seja muito abundante, ela é inativa.
Em um estudo de 2012, a mesma equipe já havia descoberto como ativar a TG2, ao quebrar um composto químico chamado dissulfeto. Dessa vez, eles encontraram uma nova enzima, chamada de ERp57, que desativa a TG2.
Agora, os pesquisadores começaram a estudar os medicamentos existentes que podem controlar essa espécie de “interruptor” recém-descoberto da doença celíaca. Estudos anteriores em camundongos mostraram que a falta de TG2 não tem efeitos colaterais, então os cientistas esperam que o bloqueio em seres humanos possa ser um caminho adequado para o tratamento ou cura da doença.