A total conquista do mercado de trabalho pela mulher deve-se ao fato de que com o passar dos anos a mesma mostrou-se muito mais interessada em estudar e melhorar a sua vida profissional. Recentemente apresenta maior nível de escolaridade e preparo para o trabalho.
A mulher não se acomoda mais com determinada posição em uma empresa, esse é um exemplo simples de ser encontrado, assim busca o seu aperfeiçoamento, na realização de curso superior, cursos complementares, participa de palestras e procura estar sempre atualizada quanto a sua formação profissional.
Isso colabora para que conquiste postos mais elevados e seja mais valorizada na realização de suas funções o que faz com que alcance cada vez mais um lugar de respeito na sociedade. Entre os fatores que contribuem para essa situação podem ser citados:
-A sua inserção no mercado de trabalho;
-A consciência de que deve participar mais ativamente da vida social, votar e ajudar a eleger os governantes e se preocupar mais com os problemas do país.
-A sua participação cada vez mais evidente na composição da renda familiar;
-Maior escolaridade;
-Sua presença forte na política.
Entre 1980 e 2000 o nível de escolaridade delas ultrapassou a dos homens. Hoje entre a população com 15 anos ou mais de estudo, as mulheres são 57,5% de acordo com a pesquisa nacional por amostra de domicílio (Pnad) de 2011, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (REVISTA VOCÊ S.A, 2013, p. 30).
Ressalta-se também que atualmente há mulheres que ocupam altos cargos no governo, bem como no judiciário.
Após as eleições de 2010 - sobretudo com o fato de os resultados das urnas não ter propiciado a tão apregoada ampliação da presença de mulheres nos cargos eletivos – os debates em torno das alterações no sistema eleitoral brasileiro ganhou novo fôlego. Novamente os setores governamentais e da sociedade civil debruçam-se sobre o tema, sendo que os movimentos de mulheres e feministas mantêm-se firme pela inclusão de medidas que determinem, de modo mais coercitivo, a presença das candidaturas de mulheres no rol das estabelecidas pelos partidos políticos; e, ainda, condições materiais e políticas diferenciadas (ações afirmativas). (BRITO, p. 16).
Essa situação fez com que as mulheres desenvolvessem a sua própria consciência de que deve e necessita participar mais do processo político brasileiro como uma forma de buscar a igualdade de gênero tão ofuscada pela predominância masculina na política.
Nas eleições de 2010, concorreram 5.059 mulheres, num universo de 22.555 candidaturas e assim distribuídas: duas candidatas à presidência da República, 18 candidatas a governadoras, 35 candidatas a senadoras, 652 a deputadas federais e 1.783 a deputadas estaduais e distritais). Houve 2.561 mais candidaturas femininas que no pleito de 2006; mas o quantitativo geral somente exprime 22,4% do total das candidaturas do ano em referência. (BRITO, p. 16).
Esse aumento apreciável foi bastante significativo, porém é preciso que a presença feminina aumente ainda mais na política. A mulher atualmente tornou-se fundamental no desenvolvimento da sociedade através de suas ações e seu trabalho cada vez mais valorizado e disputado pelas grandes organizações.
A proporção de mulheres chefes de família cresce no Brasil e isso provavelmente tem um impacto no aumento da pobreza e da exclusão social. Para a OIT de 1998 a 2008 aumentou a proporção de mulheres chefes de família de 25,9% para 34,9% o que equivale a mais de um terço. Aumentou também os núcleos formados por mães que cuidam dos filhos de 4,4% em 1998, para 5,9% em 2008. Essas trabalhadoras ou donas de casa, responsáveis por seus lares, são mais velhas e um terço delas tem mais de 60 anos. Mais da metade dos domicílios está sob responsabilidade predominantemente de viúvas. (NEVES, p.164).
Porém, muitos problemas ainda são enfrentados pela mulher no mercado de trabalho, como a diferença salarial.