Um tema importante para sociedade (e não só para as mulheres como alguns opositores tendem a propagar). A ADPF 442 é importante para proteger a integridade da mulher e garantir seu direito de decidir pelo seu próprio corpo.
Descriminalizar (e posteriormente legalizar e regulamentar) vai (ou pelo menos deveria) oferecer o amparo estatal (físico e psicológico) necessário. Marginalizar a questão, encarcerando a mulher que "decide por abortar", além de não resolver a questão cria mais problemas ao estado e a sociedade.
Criminalizar pode até parecer uma solução, justamente porque o "problema" (no caso, a mulher) agora estará presa mas em vez de solucionar o problema a criminalização esconde o "problema" atrás das grades.
Quando do julgamento definitivo da ADPF 442 não quero estar comemorando a "descriminalização da possibilidade de abortar", quero sim celebrar o fato do Estado, entendendo sua real função (de amparo em primeiro lugar, em não de carrasco), optar pela via árdua (mas sólida), e nos permitir ver a Mulher como sujeito de Direito, ou melhor dizendo, "sujeita a Direitos (fundamentais)".
Quero celebrar a possibilidade da mulher buscar amparo estatal quando estiver numa situação de vulnerabilidade. Quero celebrar o médico que poderá atuar sem o constante medo de sua atuação vir a ser punida criminalmente.
Quero celebrar, acima de tudo, a Liberdade!