A LUTA PELO DIREITO (Direito Quântico, filosofia)


01/04/2014 às 18h53
Por Cynthia Porto

O título, propositadamente, é o homônimo da obra do jurista Rudolf Von Ihering. Foi o tema de sua conferência proferida na Sociedade Jurídica de Viena no ano de 1872 e que encerra uma tese de moral prática até hoje atualíssima, ou seja, a questão da defesa dos interesses humanos.

A injustiça é, nesse tema, muito combatida, apesar do seu positivismo e rigidez. Portanto, segundo Von Ihering, a sua preocupação maior foi aquela de tentar explicá-la e como deverá agir a pessoa frente a uma discórdia, a uma injustiça.

Assim sendo, apesar de se tratar de um clássico - talvez ultrapassado para alguns - não deixa de ter uma essência de grande importância nos dias atuais, uma vez que será a luta pelo direito que proporcionará, sem dúvida, a paz, e, quem sabe, a PAZ UNIVERSAL...

Todavia, não podemos falar de uma luta onde haja derramamento de sangue (na atualidade, além de derramamento de sangue, o derramamento fatal de petróleo)... Esta luta pelo direito é pacífica, como bradou Von Ihering em sua Conferência de Viena, numa época em que a Europa era o maior ponto nevrálgico do mundo. A luta pelo direito deverá prevalecer "sobre a balança e a espada" e não sobre a foice e o martelo, sobre a bela e imponente Estrela de Davi, ou mesmo sobre a cruz cristã, ou então sobre a lua e a estrela do Islão. Todos esses símbolos não devem ser desrespeitados mas também não devem ser o motivo de tanto apelo e consequente derramamento de sangue... Tudo movido pelo fanatismo...

Em síntese, se não houver uma manifestação justa entre os povos contra as arbitrariedades, desde que essa manifestação não se converta em fanatismo, uma nova era deste mundo estará apta a nascer. Todavia, quando se fala em fanatismo, é impreterível lembrar que foi esse mal que transformou belos símbolos em instrumentos belicosos, tais como os supracitados (foice e martelo, Estrela de Davi ou de Sion, o símbolo do Islão, a suástica, inclusive a Santa Cruz, usada em um passado remoto, nas barbáries da Santa Inquisição, tudo em prol da Santa Igreja).

final, e a luta pelos direitos? Essa sim prevalece e prevalecerá para sempre...

(CYNTHIA THEODORO PORTO, autora deste texto, é advogada e escritora com dois livros na praça: A LIRA DE AQUÁRIO (Sonetos e Poemas) e CSÍMBOLO G EM TRANSE (romance). Email de contato: [email protected])

  • Direito Quântico

Cynthia Porto

Bacharel em Direito - São Paulo, SP


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