O avanço tecnológico na área da robótica têm preocupado sociólogos e trabalhadores de diversas categorias econômicas.
Para alguns, a inserção de robôs nas empresas soa como ameaça à manutenção de empregos, pois as pessoas acreditam que as máquinas aos poucos abolirão o trabalho humano, elevando o índice de desemprego.
Entretanto, a concorrência entre homem e robô é positiva à medida em que propicia a evolução social. Ela obriga os trabalhadores a buscarem qualificação profissional para estarem aptos a exercer uma outra profissão, talvez mais complexa, cujas máquinas não têm capacidade de desenvolver.
Na verdade, os robôs jamais poderão substituir o ser humano em muitas ocupações, sobretudo naquelas em que se presta um serviço de caráter subjetivo, personalizado e não mecânico. Mas podem auxiliar positivamente em situações em que a atividade a ser desempenhada na empresa ofereça grave risco à saúde do ser humano. Como por exemplo em fundições, em que a temperatura no local é extremamente alta, lesiva ao organismo humano.
Ainda, o robô pode servir de instrumento para reintegrar algum profissional que teve parte de suas capacidades motoras reduzidas, como por exemplo, mediante o uso de próteses eletrônicas.
Os robôs não extinguirão a prestação laboral humana, pois com ou sem eles o desemprego é uma realidade constante em qualquer época.
É necessário, portanto, termos criatividade, força de vontade e persistência para nos adequar a esta realidade.
Afinal, como constatou o cientista Charles Darwin “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.
Aline Cezar, Advogada Trabalhista, com a participação de Rodrigo Tabbal, mestre em Engenharia Elétrica