Os robôs como impulso à evolução sócio-econômica


25/07/2014 às 12h37
Por Aline Cezar Becker

O avanço tecnológico na área da robótica têm preocupado sociólogos e trabalhadores de diversas categorias econômicas.

Para alguns, a inserção de robôs nas empresas soa como ameaça à manutenção de empregos, pois as pessoas acreditam que as máquinas aos poucos abolirão o trabalho humano, elevando o índice de desemprego.

Entretanto, a concorrência entre homem e robô é positiva à medida em que propicia a evolução social. Ela obriga os trabalhadores a buscarem qualificação profissional para estarem aptos a exercer uma outra profissão, talvez mais complexa, cujas máquinas não têm capacidade de desenvolver.

Na verdade, os robôs jamais poderão substituir o ser humano em muitas ocupações, sobretudo naquelas em que se presta um serviço de caráter subjetivo, personalizado e não mecânico. Mas podem auxiliar positivamente em situações em que a atividade a ser desempenhada na empresa ofereça grave risco à saúde do ser humano. Como por exemplo em fundições, em que a temperatura no local é extremamente alta, lesiva ao organismo humano.

Ainda, o robô pode servir de instrumento para reintegrar algum profissional que teve parte de suas capacidades motoras reduzidas, como por exemplo, mediante o uso de próteses eletrônicas.

Os robôs não extinguirão a prestação laboral humana, pois com ou sem eles o desemprego é uma realidade constante em qualquer época.

É necessário, portanto, termos criatividade, força de vontade e persistência para nos adequar a esta realidade.

Afinal, como constatou o cientista Charles Darwin “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.

Aline Cezar, Advogada Trabalhista, com a participação de Rodrigo Tabbal, mestre em Engenharia Elétrica

  • Direito do Trabalho; Evolução Social; Uso de Robôs

Aline Cezar Becker

Bacharel em Direito - Porto Alegre, RS


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