Historicamente, o Tribunal Multiportas fora conceituado pelo professor Frank Sander, que leciona Direito em Harvard. O instituto surge com uma ideia de traçar diferentes formas de resolução de conflitos, como: mediação, arbritragem e negociação.
Atualmente reflete em uma organização judiciária que possui por funcionalidade central a resolução de conflitos, traçando inúmeros caminhos e procedimentos, levando sempre em consideração suas particularidades, ponderando vantagens e desvantagens.
Temos enraizada em nossa sociedade a cultura do litígio, que se agrava justamente pelo obstáculo da lentidão do Judiciáro brasileiro.
Neste ponto, creio que o Fórum Multiportas fortalece a cultura do consenso em nossa sociedade, considerando que nos métodos de mediação, arbitragem e conciliação há uma participação efetiva das partes. Como uma ferramenta empoderadora para mobilizar os cidadãos a deixarem de ser somente espectadores para se tornarem protagonistas do seu próprio destino.
Portanto, o nível de satisfação com a resolução do conflito aumenta a probabilidade de implementação.
Nesse sentido, observo que há um novo pilar que pode ser observado no com a implementação do modelo de Tribunal Multiportas, sendo fundamentado por possibilidades demasiadamente atraentes ao Judiciário: celeridade processual, economia processual e maior nível de eficácia criando um cenário possivelmente mais equilibrado.
Autoria de Beatriz Cristina Barbieri Büerger.